sábado, 17 de março de 2012

um dia quem sabe .



Você está vendo esse sorriso que carrego comigo, em meus lábios? Ele é lindo, não é? Sempre parecendo verdadeiro… Eu pareço feliz, não pareço? É, eu pareço. Mas veja, que coisa estranha. Eu aparento ser uma coisa, que não sou. Vou lhe contar uma coisa… Já tive o coração machucado, pisoteado, quebrado, partido, de todas as formas possíveis e impossíveis. Já tive em minha vida, pessoas que não mereciam nem um sorriso meu, quem dirá uma lágrima. Eu só pareço ser feliz, pareço ser forte, mas dá pra ver nesse meu olhar sofrido. Você me vê sorrindo todos os dias, não é? Mas eu não vivo sorrindo. Eu sorrio perto de você. Perto das pessoas. Por que? Por que se eu ficar de cabeça baixa, emburrada, triste, pelos cantos, vão achar que é drama. Eu choro todas as noites trancada em meu quarto, com meus fones de ouvido e o coitado do meu travesseiro. Pobre travesseiro, que passou noites em claro escutando minhas reclamações e acolhendo minhas lágrimas. Choros profundos. Vontade de gritar. Gritar, tirar toda essa dor e angústia de dentro de mim. Pobre garoto, não é? Tão lindo, tão jovem, tão sofrido, tão magoado. Você acha mesmo que é fácil sorrir enquanto se quer chorar? Cansa colocar em meu rosto um sorriso que não é meu. Aliás, de onde eu tirei esse sorriso? Ele não é meu, mas parece ser tão verdadeiro. Tiraram de mim o bem mais precioso, a felicidade. Tiraram de mim a vontade de viver, a oportunidade de ser feliz. Um dia alguém irá fazer com que essas lágrimas se tornem sorrisos verdadeiros. Por enquanto, eu deixo o meu sorriso ofuscado de brilho, guardado dentro de um baú onde eu pus meu coração. Em um iceberg, talvez. Congelei meu coração, mas esqueci de congelar as lágrimas.

quinta-feira, 15 de março de 2012

(...)

O orgulho disse : é impossível É arriscado, disse a experiência. É inútil, disse a razão. Dê uma chance, sussurrou o *coração*.